Google anuncia medidas contra vídeos extremistas no YouTube


O boicote que o Google vem sofrendo por supostamente ter exibido anúncios publicitários em vídeos extremistas no YouTube parece ter surtido efeito. Em carta publicada, a companhia se comprometeu a adotar quatro grandes medidas para evitar que esse tipo de conteúdo seja publicado e compartilhado em seu serviço de vídeos.

Kent Walker, conselheiro geral do Google, é quem assina o documento. O texto foi publicado no blog oficial da companhia, mas apareceu primeiro no Financial Times. Publicar a carta em um grande veículo de comunicação é, provavelmente, uma forma que o Google encontrou para dizer que as medidas recém-anunciadas não são promessas vazias.

A primeira é o uso mais intenso da tecnologia. A partir de modelos de análises de vídeo e aprendizagem de máquina, o sistema de moderação deverá diferenciar conteúdo que mostra ações violentas como parte de uma reportagem de TV (vídeo legítimo, portanto), por exemplo, daquele que efetivamente promove terrorismo, ódio e por aí vai.

Mas a tecnologia não acerta em 100% das vezes. Na verdade, as análises que farão o sistema ficar mais preciso podem levar bastante tempo. É por isso que a segunda medida anunciada é uma solução de carne e osso: as equipes de revisores de conteúdo ligadas ao programa Trusted Flagger do YouTube vão ser ampliadas.

A terceira medida é a limitação de conteúdo duvidoso. Quando um vídeo não viola claramente as políticas do YouTube, mas tem algum nível de nocividade, por assim dizer, o usuário responsável deixará de ser remunerado. Além disso, os comentários e os recursos de compartilhamento do vídeo serão desativados. A ideia é limitar o alcance desse tipo de conteúdo.

Na quarta medida, o Google dará mais força ao Creators for Change. O plano aqui é utilizar o potencial da publicidade online para identificar usuários que chegam a filmagens de conteúdo extremista e redirecioná-los a vídeos contra o ódio e a radicalização. Dessa forma, a companhia espera dificultar o trabalho de recrutamento feito por grupos terroristas.

Como coibir o extremismo na internet é uma tarefa bastante complicada, o Google também anunciou a decisão de trabalhar em conjunto com outras gigantes do setor — incluindo Facebook, Microsoft e Twitter — para combater o problema. Um fórum internacional deverá ser criado para permitir que tecnologias desenvolvidas para esse fim sejam compartilhadas, inclusive com pequenas empresas.

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